Crise na Síria
Desde de março, protestos contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, desencadeiam reações violentas das forças de segurança do governo. A população síria tem suportado décadas de depressão econômica, repressão política e corrupção sob o governo da família Assad, no poder desde 1971. Bashar al-Assad, que assumiu o governo após a morte de seu pai, Hafez, em 2000, tentou abrir a economia do país, mas continuou a reprimir a oposição e a controlar a internet e a mídia. Partidos políticos e protestos foram banidos e a lei de emergência, em vigor desde 1963, dá poderes a polícia e aos serviços de segurança para prender qualquer pessoa.
Os protestos foram inspirados pelas revoluções que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia. Eles começaram na cidade de Deraa, no sul da Síria, onde vários adolescentes foram presos por pichar a frase "As pessoas querem a queda do regime" nas paredes de sua escola. Moradores protestaram, pedindo pela libertação dos jovens e as forças de segurança abriram fogo contra uma manifestação, matando e ferindo várias pessoas. O levante rapidamente espalhou-se para outras vilas e cidades, incluindo Homs, terceira maior cidade do país, e Banias, na costa mediterrânea. Os manifestantes pedem por mais liberdade, o fim da corrupção e cada vez mais pela saída de Assad.
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